GRANDES PESQUISADORES EM UMA MISSÃO DE CONHECIMENTO PARA COMBATERMOS MAIS ESSA PREOCUPANTE INFESTANTE DA CULTURA DA SOJA.
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Por competir com plantas cultivadas por água, radiação solar, nutrientes do solo e servir como ponte verde para pragas e doenças que posteriormente atacam e incidem sobre as culturas, a presença de plantas daninhas é altamente indesejável. Em soja, dentre as principais plantas daninhas destacamos o campim-amargoso (Digitaria insularis) e a buva (Conyza spp.), velhas conhecidas com elevado potencial de danos.
Cada vez mais complexo e difícil, o controle de plantas daninhas é fundamental para evitar a matocompetição e com ela a redução da produtividade de culturas agrícolas de importância econômica como a soja. Em meio a tantas espécies de plantas daninhas, um gênero vem se destacando por apresentar rápida capacidade de infestação e causar elevados danos a cultura da soja, trata-se do gênero Amaranthus.
A interferência dessas plantas daninhas vai além do uso dos recursos disponíveis para plantas cultivadas, implicando inclusive na redução da produtividade da soja. Conforme resultados do Grupo Supra Pesquisa, a infestação de uma planta de buva por metro quadrado pode reduzir em até 14% a produtividade da soja. Para o capim-amargoso, os danos são ainda mais alarmantes, sendo que uma planta por metro quadrado da daninha pode reduzir em até 21% a produtividade da cultura.
A fotossíntese é um dos principais processos se não o principal que rege a vida na Terra, o termo fotossíntese significa, “síntese utilizando a luz”. Os organismos fotossintetizantes utilizam a energia solar para sintetizar compostos carbonados complexos, mais especificamente, a energia luminosa impulsiona a síntese de carboidratos e a liberação de oxigênio a partir de dióxido de carbono e água. A energia armazenada nessas moléculas pode ser utilizada mais tarde para impulsionar processos celulares na planta e servir como fonte de energia para todas as formas de vida (Taiz et al., 2017).
Integrando o time de plantas daninhas de difícil manejo e controle em culturas agrícolas, as plantas do gênero Amaranthus preocupam por suas características morfológicas e elevada habilidade competitiva. O gênero possui cerca de 60 espécies, das quais algumas são cultivadas e outras plantas daninhas, a exemplo do Amaranthus palmeri; Amaranthus retroflexus, Amaranthus viridis; Amaranthus hybridus, entre outras (Zanatta et al., 2008).
A elevada produção de sementes e a dispersão facilitada delas, principalmente por máquinas e equipamentos agrícolas, vem contribuindo para o aumento populacional do caruru em áreas de produção de soja. Fato que preocupa, uma vez que dependendo da espécie e intensidade da infestação, perdas de produtividade superiores a 79% e 91% podem ser observadas nas culturas da soja e milho respectivamente, destacando a agressividade dessas daninhas (Gazziero & Silva, 2017).
Com elevada capacidade competitiva e alta agressividade, o caruru pode causar redução de produtividade de até 79% na cultura da soja se a espécie em questão for o Amaranthus palmeri Gazziero & Silva (2017). Conforme destacado por Klingaman & Oliver (1994), dependendo da espécie de caruru, infestações de uma planta por metro quadrado podem reduzir a produtividade da soja em até 32%.
Buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis) são plantas daninhas comumente encontradas em lavouras brasileiras e conhecidas por possuir elevada habilidade competitiva, causando drásticas reduções na produtividade da soja. Cabe destacar que conforme resultados de pesquisa, quando maior a população dessas plantas daninhas em meio a cultura da soja, maiores são os danos.
Características como ciclo fotossintético C4, rápido crescimento e desenvolvimento, conferem elevada habilidade competitiva a plantas daninhas do gênero Amaranthus, que podem causar perdas de produtividade superiores a 91% na cultura do milho, 79% na soja e 77% em algodão, dependendo da espécie e população de caruru (Gazziero & Silva, 2017). Embora a nível Global existam cerca de 60 espécies de caruru (Zanatta et al., 2008), aproximadamente 10 espécies apresentam importância agrícola no Brasil. Dentre as principais espécies podemos destacar o Amaranthus hybridus; A.palmeri; A. retroflexus e o A. viridis.
Na Argentina existem casos de resistência dessa espécie ao herbicida glifosato desde 2013, e atualmente, há populações de A. hybridus que apresentam resistência múltipla aos herbicidas inibidores da EPSPS (glifosato), ALS (chlorimuron-ethyl) e Auxinas (2,4-D e dicamba) (Penckowski et al., 2020). No Brasil, embora casos de resistência de algumas espécies de caruru já tenham sido observadas desde 2011, a resistência ao glifosato foi registrada no ano de 2018 (Heap, 2021).
Características como rápido crescimento e desenvolvimento, em conjunto com um vasto sistema radicular, fazem do caruru uma daninha altamente competitiva por recursos como radiação solar, água e nutrientes do solo. Fisiologicamente, o caruru é considerada uma planta com sistema fotossintético C4, o que lhe proporciona grande capacidade de competição principalmente quando comparadas com culturas C3 (Penckowsk et al., 2020).
Para dificultar o manejo e controle dessas daninhas, algumas espécies de caruru apresentam resistência conhecida a herbicidas, o que aliado a elevada produção de sementes e vários fluxos de emergência do caruru, contribui para a persistência da daninha em áreas de cultivo. Segundo Penckowski et al. (2020), dependendo da espécie, uma única planta de caruru pode produzir até 600.000 sementes, as quais são facilmente dispersas contribuindo para o aumento da infestação das lavouras.
Com elevada capacidade em causar danos em culturas anuais como soja e milho, o caruru é uma complexa planta que desafia o manejo de plantas daninhas. Dentre as características das plantas do gênero Amaranthus, podemos destacar a elevada habilidade competitiva, a alta produção de sementes, e o rápidos crescimento e desenvolvimento.
Nos Estados Unidos da América (EUA), as plantas de caruru já são velhas inimigas na agricultura americana, cujo o Amaranthus palmeri pode ser considerada a principal planta daninha em áreas de cultivo. Conforme destacado por Gazziero & Silva (2017), o caruru gigante (Amaranthus palmeri) pode crescer de 2,5 a 4 cm por dia, causando reduções de produtividade superiores a 91% em milho, 79% em soja e 77% em algodão. Além disso, uma planta de caruru gigante pode produzir de 80.000 a 250.000 sementes, facilitando significativamente o aumento populacional da daninha.
Safra após safra, o caruru (Amaranthus spp.) vem ganhando espaço em lavouras brasileiras, como uma problemática planta daninha. Além do elevado potencial em causar danos, reduzindo significativamente a produtividade de culturas comerciais como a soja e milho, os casos de resistência do caruru a herbicidas fazem dele, uma preocupante planta daninha em sistemas de produção agrícola.
Com elevado potencial em causar danos a culturas como soja e milho, reduzindo significativamente a produtividade delas, o caruru (Amaranthus spp.) é uma planta daninha cujo controle é indispensável em culturas agrícolas. O caruru possui grande habilidade competitiva e enorme capacidade em produzir sementes, podendo uma planta produzir mais de 600.000 sementes (Penckowsk et al., 2020).
O elevado potencial do caruru em causar danos, reduzindo significativamente a produtividade de culturas como soja e milho, torna o manejo e controle do caruru indispensável para a obtenção de altas produtividades. Embora algumas espécies do gênero Amaranthus possuam resistência conhecida e determinados herbicidas, ações complementares podem contribuir expressivamente para o controle do caruru, a exemplo do controle cultural.
Com elevado potencial em causar danos a culturas como soja e milho, reduzindo significativamente a produtividade delas, o caruru (Amaranthus spp.) é uma planta daninha cujo controle é indispensável em culturas agrícolas. O caruru possui grande habilidade competitiva e enorme capacidade em produzir sementes, podendo uma planta produzir mais de 600.000 sementes (Penckowsk et al., 2020).
O controle químico, é um dos pilares de maior importância do manejo do caruru. Por apresentar elevada produção de sementes, rápido crescimento e desenvolvimento, elevada habilidade competitiva e resistência conhecida a herbicidas, as plantas do gênero Amaranthus podem ser consideradas preocupantes plantas daninhas nos sistemas de produção agrícola.
Assim como buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis), as plantas do gênero Amaranthus, popularmente conhecidas como caruru, vêm preocupando agricultores brasileiros pela elevada capacidade competitiva, danos e rápida dispersão. A nível mundial, existem cerce de 60 espécies de caruru, das quais aproximadamente 10 apresentam importância agrícola no Brasil (Zanatta et al., 2008).
De modo geral, as sementes de caruru-palmeri são pequenas, lisas, normalmente, entre 1 e 2 mm, arredondadas ou em forma de disco e coloração marrom-avermelhadas a pretas (Silva & Gazziero, 2017). O formato e peso das sementes dificultam sua dispersão pelo vento, entretanto, pássaros, bovinos, máquinas e equipamentos agrícolas, assim como canais de irrigação, atuam como bons agentes dispersores das sementes de caruru.
Dentre os métodos de controle das plantas do gênero Amaranthus, podemos destacar o controle químico com o emprego de herbicidas, entretanto, algumas espécies apresentam resistência conhecida a determinados herbicidas, o que dificulta o controle dessas daninhas em pós-emergência.
Conforme destacado por Mário Bianchi – CCGL, os controles em pré e pós-emergência do caruru são essenciais para manejar de forma eficiente esse grupo de daninhas. Entretanto, se tratando do controle em pós-emergência, algumas características e orientações devem ser seguidas a fim de melhor eficiência de controle.
Segundo Mário Bianchi, no que diz respeito a dessecação do caruru, não há grandes diferenças em comparação a dessecação da buva, sendo que grande parte das opções disponíveis para dessecação do caruru são as mesmas utilizadas para dessecação da buva. Contudo, deve-se atentar especialmente para o estádio de desenvolvimento das plantas daninhas, uma vez que plantas em estádio inicial de desenvolvimento são mais facilmente controladas.
Felizmente, conforme destacado por Mário Bianchi – CCGL TECH, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para auxiliar técnicos e produtores no manejo de plantas daninhas na soja, especialmente se tratando das espécies dicotiledôneas que apresentam complexo controle. Algumas dessas tecnologias visam possibilitar o uso/emprego de herbicidas auxínicos para o manejo e controle de plantas daninhas dicotiledôneas em pós emergência da soja.
O uso adequado de herbicidas latifolicidas pode proporcional significativo controle de algumas plantas daninhas, causando a redução populacional de certas espécies, beneficiando o desenvolvimento da soja. Contudo, além do adequado posicionamento do herbicida, é fundamental atentar para o estádio de controle da planta daninha, sendo recomendado para o caruru, que se realize o controle em plantas na faixa de 8 cm a 10 cm de altura e/ou até 6 (seis) folhas.
Visando reduzir os fluxos de emergência do caruru, uma das alternativas conforme destacado por Mauro Rizzardi, é reduzir a luminosidade, ou seja, a chegada de luz nas sementes presentes no banco de sementes do solo. Para isso é possível utilizar ferramentas de manejo tais como a adequação das densidades populacionais soja, permitindo o rápido fechamento das entre linhas de cultivo, trabalhando com espaçamentos menores e populações mais altas, dentro das recomendações técnicas para a cultura.
No sistema plantio direto, é comum observar a cobertura do solo com a palhada residual das culturas antecessoras, fato que contribui para o controle dos fluxos de emergência do caruru, por esse ter sementes consideradas fotoblásticas positivas. Contudo, a palhada também pode prejudicar a ação de alguns herbicidas pré-emergentes, uma vez que pode restringir a chegada desses herbicidas ao solo. Visando contornar esse problema, a boa umidade do solo é essencial na aplicação de herbicidas pré-emergentes. A umidade do solo, assim como sua textura e teor de argila, exercem papeis determinantes na eficiência do uso de herbicidas pré-emergentes.
Além do manejo na safra, visando um controle eficiente do caruru, é necessário integrar práticas de manejo que possibilitem a redução dos fluxos de emergência dessa daninha ao longo do desenvolvimento da soja. No período do inverno, com a redução da temperatura média do ar, tem-se a redução dos fluxos de emergência do caruru, contudo, não significa que o manejo do caruru é desnecessário. O cultivo de coberturas de inverno, com o intuído de gerar palha para a cobertura do solo nas culturas de verão, é determinante para reduzir os fluxos de emergência do caruru, contribuindo significativamente para o controle da daninha.
Os herbicidas pré-emergentes possibilitam o controle e atraso dos fluxos de emergência do caruru, além da maior uniformidade da emergência da planta daninha, o que pode contribuir para um melhor controle do caruru em pós-emergência da soja. Demonstrando alguns resultados de pesquisa, Anderson destaca que mesmo com a aplicação de herbicidas pós-emergentes para o controle do caruru, se tem um melhor controle da daninha nos tratamentos onde se realizou a aplicação de herbicidas pré-emergentes, sem plantas de caruru se sobressaindo à soja.
Conforme destacado por Penckowski et al. (2020), dependendo da espécie de caruru, uma planta pode produzir até 600.000 sementes, havendo relatos na literatura da produção de sementes superior a 1 milhão por planta (Gazziero & Silva, 2017). A grande quantidade de sementes produzidas pelo caruru, em conjunto com a variabilidade ambiental resultam em diversos fluxos de emergência dessa daninha ao longo da cultura da soja, dificultando ainda mais o controle do caruru, principalmente se tratando de espécies como resistência conhecida a herbicidas.
A maior tolerância da daninha ao déficit hídrico, associada a elevada produção de sementes do caruru e diversos fluxos de emergência da daninha, contribui para a sobrevivência das espécies e manutenção da densidade populacional do caruru, fato que pode dificultar ainda mais o manejo e controle eficiente das espécies do gênero Amaranthus.
Conforme destacado por Aldo Merotto – UFRGS, os herbicidas inibidores da enzima protoporfirinogenio oxidase (PROTOX), podem ser as principais alternativas para o controle do caruru em pós-emergência. Os inibidores da PROTOX pertencem ao grupo E conforme a classificação dos grupos químicos por letra, adotado pelo HRAC-Internacional, e os principais herbicidas pertencentes a esse mecanismo de ação são: Acifluorfen; Fomesafen; Lactofen; Oxyfluorfen; Flumioxazin; Flumiclorac; Oxadiazon; Sulfentrazone e Carfentrazone (Gazziero et al., 2004).
Pensando em médio/longo prazo, além do controle eficiente de daninhas, é essencial focar as atenções para o manejo da resistência de plantas daninhas a herbicidas, utilizando práticas de manejo integradas que possibilitem a redução dos casos de resistência e o manejo eficiente de plantas daninhas.